quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Canto XXI

Porque eu acredito em Deus.

Permitam-me fazer uma pequena observação sobre o assunto: se Deus é como andaram me dizendo durante o fim de semana, não o amo, nem temo. Não gosto deste ser chato e nada poético. Um Deus não pode ser simples, estático, previsível tal como: uma rosa é uma rosa. Por quê? Por que é, ora essa! Se Deus é chato, e os céus lugar morno e sem vibração, não tenho a mínima vontade de dar uma volta por lá. Na verdade, acho que recusaria.
Deus não é estático nem pode ser definido com um “ora essa”. O que aprendi sobre Deus veio de respostas a perguntas insuficientes: Quando? Onde? Como? Quem? Quanto? Embora desconfie que a verdadeira pergunta, cuja resposta prove a existência d ‘Ele possa não ser nenhuma destas, ou jamais possa ser formulada.
A questão não é saber o quanto Ele é bom, ou que criou a terra numa semana e descansou no domingo. Que fez primeiro o mar depois a terra, ou vice e versa. Ou até mesmo se foi Ele que o fez. Porque essa história toda de sete dias, terra, mar, Adão e Eva podem até não ser verdade. Quantos tabus eu já vi cair nessa minha curta existência. Afinal, gente trocando de coração, rim e córnea hoje, na Idade Contemporânea, é muito normal. A questão não é mesmo essa. Por quê?
Quando pergunto se Deus existe a maioria responderá, com certeza, um grande “Claro! Ora essa!”. Mas se pergunto: Por quê? Gaguejam e não respondem. Por quê? Provavelmente não haja respostas. E não haverá jamais. Porque uma possível resposta, em sequência, será questionada indefinidamente. Um carro sem freio. Cuidado! A gente pode acabar descobrindo que a galinha nasceu primeiro que o ovo (tese que eu sempre defendi) Aí estará DEUS.
O que torna Deus tão maravilhosamente existente em nossa vida é porque não há porque existir e, mesmo desta forma, responde todos os outros porquês que já feitos. Porque é, assim, um paradoxo. É a resposta para a própria pergunta.
Seria bom se tudo se resumisse a figura de um velhinho japonês (ou seria paquistanês?) que sabe demais, enfadado desta bestidão toda de não existir e saber de tudo criou coisas com vontade própria afim de, observando, se surpreender. Criando, a essa coisa o criou. Imagino-O sorrindo de nossas dores primordiais e angustias existenciais, atolados em tarefas inúteis em busca, imagine só, D’ele. O velhinho, mesmo como o fanatismo sufocante, pega nossa mão quando a cuca vem pegar. Faz cosquinha no boi da cara preta. Assim, justificam-se tantos motivos para amá-lo. Conte-me a história de quem não ama o vovô bonzinho.
O resto, louco e pouco provado, como é; não importa.

2 comentários:

Livia R disse...

Eu sei porque Deus existe!!! E já te disse isso tantas vezes que vc esqueceu! Como quando sua mãe fala várias vezes para vc não deixar de fazer algo e é aí que vc deixa! Deus existe porque precisamos ser imensamente felizes! E você entendeu a mensagem... Mas cuidado para não pensar num Deus humano demais - porque então Ele deixará de ser Deus!

E sobre o ovo e a galinha: é claro que o ovo veio primeiro - afinal os répteis vieram primeiro e elesnascem de ovos! É Teoria da Evolução que aliás tem muito de Deus .... aliás tudo tem muito de Deus, e é aí que está o divino!

Lupos, Canis disse...

^^heheheheheeheheeheh

minha opinião é grande demais para caber aqui!


deixo a você só a ideia do sentir...

um sorriso milady!