sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Canto VIII

Meteu-se em mim uma pequena flor
Foi abrindo espaço
Enfiando-se por dentro
Despejando orvalho incandescente em minhas veias
E o polem vai batendo na mistura vital de meu sangue

A planta vai enraizando em meu peito
E me enchendo de sua poesia invasiva

Abriu-se a flor
Despertou meus sonhos

Daí fechou-se como que por censura da ditadura
E dorme profundo em mim
Mantendo suas raízes em minhas entranhas
(Brena Bela)

Assino, hoje, como Brena Bela... A pedido de meu professor de Literatura Pierre Morais

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Canto IX

Durante todos os tempos em que consigo ouvir conversas sobre o governo e coisas mais, penso no porque diabos isso ainda é discutido.

É claro que nem todos vão pensar como eu, é verdade...

Por mais que a história não me dê o aval, o início do surgimento das lideranças no mundo não teve um objetivo tão nobre, o motivo pelo qual escolhemos governantes é para que cuidem da sociedade. Claro! Isso todo mundo sabe...
Escolhemos um, porque não dá pra fazer assembleias gerais todos os dias.
Cuidar da sociedade, por favor, é fazer com que os direitos de todos sejam garantidos, que todos tenham direito a educação de qualidade, que todos possam ir ao médico, que todos possam... ah! Viver!
Alguém concorda comigo?
A economia comercial se encaixa nessa história, para justamente conseguir o capital necessário para garantir à população todos esses bem. O resultado das vendas, subtraído das compras, tem que ser um resultado positivo.
Ok! Até eu acho que ainda esteja certa.
A questão é que essas compras e vendas, não são feitas pelos governos dos estados, e cidades, ou mesmo o governo federal. É feita por empresários, que tem terras, industrias e etc... Contínuo correta?
Então para o Estado resta para fazer benfeitorias para o povo, que não é mais do que é pago para fazer, é o dinheiro arrecadado pelos impostos.
Nós pagamos muitos impostos. Muitos mesmo.
Então está. Se o dinheiro que é resultado do comércio, vai para mão dos empresários e proprietários de terras, e o dinheiro que fica para o Estado é o dinheiro dos impostos...O estado não devia se preocupar estritamente em usar o orçamento para desenvolver as instituições do Estado que servem para atender a população?
Existem muitas escolar que ainda não existem! Muitas escolas que são uma grande porcaria quanto ao ensino. Paga-se muito mal os professores. Mandam os médicos e servidores públicos se danar todo o mês quando recebem seus salários e veem que não é o suficiente!Eu posso estar muito errada com isso, muito desenformada!Muito mesmo. Mas será que isto tudo não está errado?
O que nós que somos povo deste Estado podemos fazer para mudar isso? Votar. Correto? E nós estamos votando. Para presidente escolhemos o Lula que, eu acredito, está tentando. Em quem nós votamos para vereadores, deputados, senadores, em fim, legisladores? Muitos de nós não vai se lembrar! Basta saber quem é o presidente, e as ideias dele.
O que acontece é que se você vota num presidente, tem de votar num legislador que concorde com ele! Porque, caso contrário esse presidente terá tudo o que tentar fazer vetado, e terá de comprar o voto dos outros para conseguir fazer alguma coisa.
Ponto. Só quis destacar isso.

( Brena Bela)

Canto VII

Perdi!A reforma já foi feita...
E não há como mudar!
Deem adeus ao querido trema...
E comam a boa linguiça sem se preocupar se é com as bolinhas ou não...
E mais...
Algumas outras palavras ficaram sem acentos...
E coisas mais...
Eu sinto muito...
A lingua portuguêsa perde um pouco da história...

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Um dia

Hoje o grupo de base da pastoral da juventude estudantil teve o poder de tirar um peso de minhas asas. Mesmo que por um instante pude voar...
Pensei que teria de posar...

Ídolo: Fernão Capelo Gaivota!

Canto VI

Ando pela rua...
e continuo a andar
Par que parar?
Vou andando e vejo as paredes sujas do prédios
E dá pra ver que está tudo sujo atrás delas
E atraz do que há por tras também posso ver
Mas não posso ver o que está por dentro.
mesmo querendo acreditar que ainda possa estar limpo.

Continuo andando e vejo o que está paradao
Tudo está
Vejo ainda oq ue está sofrendo por tras doq ue está parado...
E apenas vou andando...
Só...
Mas antes ir só,
Que não caminhar

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Canto V

A fênnix agora anda com as penas encaracoladas, sua calda é um cascata de cachos...!!
Assim fica mais fácil de voar...
E mais bonito também!

Canto IV

Quero-te com os lábios molhados
A boca seca e os olhos fechados
As mãos em minhas mãos.
Sés dedos entre meus dedos

Na entrada de um jardim
No espaço entre a ida e a volta
No meio da noite
Entre o nascer do sol e aparição da primavera.
Nem muito quente e nem muito frio.
Perdidos em horas sem fim

E se pensa que o infinito tarda e nunca vem...
Ah! Ele chega!
O infinito é agora, o infinito é amanhã!
O fim do que nunca acaba é todo tempo.
Porque a coisa sempre volta a começar.

domingo, 23 de setembro de 2007

Canto III

Se leram uma dessas revistas que está passando por aí no mês de Setembro, com certeza, viram que estão, para facilitar as relações comerciais entre Brasil e Portugal, e outros países que falam a língua portuguesa, tentando tornar a mesma de mais fácil aprendizado.
Escolheram abolir traços como trema e o acento grave.
A questão basicamente é: Que diabos eles pensam que estão fazendo?

A língua portuguesa é patrimônio histórico desses países. O que estão fazendo é interferir no curso da história de forma arbitraria!
Se estivéssemos falando do Italiano, que foi construída a partir de um conselho como se fosse uma constituição, até que vai. Sentaram e criaram. Sentam e a modificam!

Mas o Português é diferente; vindo do latim vulgar ele tem características muito peculiares que devem ser respeitadas. Imaginem como seria estranho o som da palavra tranqüilo se não houvesse trema. Dir-se-ia algo como trankilo.

Eu não quero ser contra a economia. Mas pensem bem! Não fomos obrigados a aprender o maldito inglês com todas aquelas complicações e exceções?
Sim fomos. Ora! É uma língua que mal separação de sílaba tem!
Tombemos a Língua Português como patrimônio histórico no qual coisas poderão apenas ser acrescentadas e não apagadas como quem põe fogo num Jequitibá.

Há de se ter respeito à palavra. Ao som. Ao que ela representa. Não consigo aceitar que apaguem a língua portuguesa desta forma.

sábado, 22 de setembro de 2007

Canto II

Laura caminhava pelas águas rasas da beira do rio, sentindo as pedras por entre os dedos. A barra do vestido molhada e os sapatos nas mãos.
O caminho do rio era longo e sempre igual; pedras e areia. O que mudava eram as águas por onde passavam suas canelas.
Continuava caminhando . Seus longos cabelos negros voando com o vento. Ah! como era bom sentir o rio daquele jeito. Ah! como era bom lembrar de seus tempos de criança, quando podia correr e pular nas águas sem culpa de molhar as roupas novas. Era maravilhoso sentir a areia sobre seus pés quando estava molhada.
Depois de dez passos entre as pedras não conseguiu resistir e mergulhou com avidez naquelas águas de infância. Frias e agradáveis como sempre foram. Nostálgicas.
A nostalgia é o sentimento mais agradável que se pode ter sobre o passado. Uma saudade infinita que aumente cada vez mais, um tic de querer tudo de novo, um tac de querer viver mais. O relógio vai batendo. Até que a velhice chegue, e quando chega, e o fim está próximo, só resta a bendita para fazer companhia. Até que o fim chegue, e quando chega, tudo volta. Como um raio, se repete. E você vira estrela.
Laura estava longe de viver isso. Tudo que tinha eram alguns anos de vida que nem lhe tinham deixado rugas. Mas a sensação de nostalgia a acompanhava naquele momento. A cada mergulho, a cada braçada podia sentir-se com seis anos de idade, quando vinha às águas deste rio a procura da nostalgia do dia anterior.
Esse momento se repete inúmeras vezes na vida. A vida se alimenta da vida.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Canto I

Se eu fosse pequena como as flores da cerejeira...
Me encantaria com a as joaninhas e deixaria em paz as moscas...
meu pólem seria delas...
E também minha cor....
Se eu fosse imensa como a pequenês dos átomos de ferro...
Queimaria e me faria corrente...
Faria vida no fogo...
E a força das espadas...
Se eu fosse tão grande quanto a lua...
Me faria pequena ao olhar de todos...
E inteira ao mirar de meu amor...
Que bom que sou do meu tamanho...
E do tamanho do que vejo...
Assim, posso ver e ser o que quiser...
Essa liberdade me dá diversas formas
Porque se fosse o que quero ser...
Eu seria o que fosse....

Surge mais uma força!

Nasce uma ave de magnífica delicadeza, cresce e se torna o pássaro mais poderoso e forte que o céu já vira. Voa como o grande vento. Dança com fogo. É forte como a água. Tem o poder de, com o mundo, mudar o mundo.
Este animal de grande poder, não segue a lenda de seus ancestrais. Jamais usaria sua força para destruir as casas dos homens, mas sim, para abrir suas mentes para o céu que há sobre eles e ensiná-los a voar.
A fênnix vem para sorrir e cantar a vida. Unir-se as outras forças para lutar.

Nasce hoje, agora e sempre. No fim e no começo.