sábado, 29 de dezembro de 2007

Canto XXX

Andava por aí pensando em como estar bem com todos.
Me vinha a minha cabeça toda aquela história.
Todos me odeiam.
Por isso.
Por todos os motivos de sempre.
Mas o bom mesmo...
Para ser sincera.
É juntar com as primas e falar mal dos pais da gente.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Mergulhar nas águas de um rio corrente não é o que se diz.
Há de se confiar nas águas.
Pular limpo sem esperar que a correnteza o faça.
Porque para sentir a verdadeira força do rio,
é preciso respeitar.
Deixar que o possua com júbilo.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Canto XXII

A vida não é vida se não pudermos achar nela quatro pontos fundamentais de existencia: A sociedade. Deus. O sentido. E a sensualidade. Indispensaveis... Naturais no ser humanos.

Sobre a asociedade. É o que todos dizemos ser inerente ao ser, mas ela mesmo nos obriga fazer parte de seu circulo seletivo. Mas assim, quando pequehnos, inseridos sem volta.

Sobre Deus. A única resposta que basta para todas as perguntas. E simples assim.

Sobre o sentido. A busca pelo sentido é o que alimenta os filosofos e os artistas e, assim, os faz alimentar o avanço da sociedade e humanidade.

Sobre a sensualidade.

O corpo. o fogo.
O movimento.
É o que garante a sobrevivencia perante as maldade da bruxa má.
O momento.
O andar.

Sobre a vida. Ta aí.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

ahhhh
Ando pelas ruas e os olhares me seguem....
As flores me seguem
O rio.
As nuvens...
As bengalas dos velhinhos...
as gotas de chuva....
O bêbês sorriem...
As joaninhas batem palma...
Mas o que há com as todas estrelas que, durante a noite, não me olham?
O que há com o poder todo que há?
Ha!Ha!ha!
A mentira vem brincar...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Ouvi essa frase uma vez do meu pai...pode já ter sido bastante dita...mas complementa...

Deus não joga xadrez com os homens...

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Canto XXI

Porque eu acredito em Deus.

Permitam-me fazer uma pequena observação sobre o assunto: se Deus é como andaram me dizendo durante o fim de semana, não o amo, nem temo. Não gosto deste ser chato e nada poético. Um Deus não pode ser simples, estático, previsível tal como: uma rosa é uma rosa. Por quê? Por que é, ora essa! Se Deus é chato, e os céus lugar morno e sem vibração, não tenho a mínima vontade de dar uma volta por lá. Na verdade, acho que recusaria.
Deus não é estático nem pode ser definido com um “ora essa”. O que aprendi sobre Deus veio de respostas a perguntas insuficientes: Quando? Onde? Como? Quem? Quanto? Embora desconfie que a verdadeira pergunta, cuja resposta prove a existência d ‘Ele possa não ser nenhuma destas, ou jamais possa ser formulada.
A questão não é saber o quanto Ele é bom, ou que criou a terra numa semana e descansou no domingo. Que fez primeiro o mar depois a terra, ou vice e versa. Ou até mesmo se foi Ele que o fez. Porque essa história toda de sete dias, terra, mar, Adão e Eva podem até não ser verdade. Quantos tabus eu já vi cair nessa minha curta existência. Afinal, gente trocando de coração, rim e córnea hoje, na Idade Contemporânea, é muito normal. A questão não é mesmo essa. Por quê?
Quando pergunto se Deus existe a maioria responderá, com certeza, um grande “Claro! Ora essa!”. Mas se pergunto: Por quê? Gaguejam e não respondem. Por quê? Provavelmente não haja respostas. E não haverá jamais. Porque uma possível resposta, em sequência, será questionada indefinidamente. Um carro sem freio. Cuidado! A gente pode acabar descobrindo que a galinha nasceu primeiro que o ovo (tese que eu sempre defendi) Aí estará DEUS.
O que torna Deus tão maravilhosamente existente em nossa vida é porque não há porque existir e, mesmo desta forma, responde todos os outros porquês que já feitos. Porque é, assim, um paradoxo. É a resposta para a própria pergunta.
Seria bom se tudo se resumisse a figura de um velhinho japonês (ou seria paquistanês?) que sabe demais, enfadado desta bestidão toda de não existir e saber de tudo criou coisas com vontade própria afim de, observando, se surpreender. Criando, a essa coisa o criou. Imagino-O sorrindo de nossas dores primordiais e angustias existenciais, atolados em tarefas inúteis em busca, imagine só, D’ele. O velhinho, mesmo como o fanatismo sufocante, pega nossa mão quando a cuca vem pegar. Faz cosquinha no boi da cara preta. Assim, justificam-se tantos motivos para amá-lo. Conte-me a história de quem não ama o vovô bonzinho.
O resto, louco e pouco provado, como é; não importa.

Canto XX

Entrei numa onda de torpor
Ouço vozes mas não as compreendo.
E nem o quero.
Me vou indo sem ir numa frequencia alheia
Minha cabeça gira
E também tudo parece falso
Também, tudo gira
A paisagem parece falsa
Que adianta ser verdade,
Se sinto nauseas dessa realidade?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Canto XVI

Sobre a dança

Há este grito de loucura
sobre meus pedaços no chão
Ergue tudo e possui tudo, essa paixão
Engravida meu corpo que lhe é combustível,
Desta possessão de mim por meu eu
E sou puro grito e sofreguidão
Sobre as ponta dos pés sangrando

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

CantoXV

Não tenho medo do que fui, ou do que sou
Não há razão para temer os paradoxos
Não há razão para temer o caos
Vivi tudo como quem bebe um copo d'água

A loucura não me punha entrada pela qual sair
Posta no meio só fiz continuar andando.
Dançando em teclas de piano.
A vida é um caos porque é um paradoxo, ou é um paradoxo porque é um caos?

A confusão não mais me confundia, confusa estive?
Tudo que fui, mesmo que sendo, o futuro serei?
SE continuo andando, paro, fico, ou me estagnei?

Não há razão para temer o que não se entende
Minha natureza é um vasto campo gramado.
Não há caos ao qual não me adapte, ou paradoxo que não tenha amado.
(Brena Bela)

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Canto XX

What can I say about what I write here...
Nothing...
Nothing in everything...
Anything in all the things...
Ah! I can't forget...
There is'nt anything that can be a thing....
So...
Whatever...

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Primeira aula de Piano/Teoria musical....

Isso significa que eu estou confusa pra todos os lados...
A vantagem é que estou dando nome aos bois....
Estou pondo nome no que eu já sentia antes...
Esquisito, não?

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Canto IV

EM Busca do Equilíbrio Parte II

Equilíbrio.

O caos grita todos os dias!
Então eu grito!
E que gritos seriam suficientes?
Quantos?
A quem?
Quando?
de quantas bocas?
Até quando gritar?
E então vou ter de parar pela linha da compreensão.
Não ter de explicar o poema.
Parar para não ter que cair!
Ou para não ter que ficar!
Parar para continuar a gritar!
O caos grita todos os dias.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Ainda em busca do equílibrio.
As coisas não se a traem se forem iguais.
O que faz beleza é o branco no preto.
O feio no belo.
O matemático e o poeta.

Procuro não ser tudo.
Porque eu sei que posso ser oq eu der na telha de quem der na telha.
BUsco ser o que der na telha!



tem dia que a gente só escreve merda...

sábado, 13 de outubro de 2007

Canto XIII

Me perguntaram uma vez oq ue eu queria saer quando crescesse... Eu respondi. Quero ser artista. Mal sabia que havia vários tipos de artistas. Artistas que tem seu humor específico. Em ensaios específicos. Para artes específicas.

Fui observando e descobri que para ser pintor, além de ter boa visão, tem de ter suas mãos, ou pés, a sua disposição para fazerem o que sua mente desejar. Eu smepre fui a garotinha dos membros incontroláveis. Não era para mima pintura.

Para ser bailarina, eu teria novamente que me meter com as minhas perninhas e mãozinhas incontroláveis! Fiz dois dias de balé. Uma aula de dança do ventre. Assisti a uma aula de sapatiado. Não era pra mim também. E eu não sei sambar ainda.

Daí eu achei a literatura. Me nefiei nela de corpo e alma. Você só precisa sentir. Conehcer a língua e ser criativo. NInguém mais.

Mas cabei vendo que eu precisava de algo mais vivo na literatura. TEATRO. Eu tô falando de Teatro. No teatro impera a vivaciadade da emoção inverocímia. Mas também o extresse dos ensaios. A prepotencia de alguns! A incopetencia minha. An=inda tenho dúvidas. Ainda mais porque descobri a vida da literatura. E vou vivendo dela.

Não depois mais durante tudo. Vivi a música. E descobri que mesmo sabendo pouco. É oq eu realmente quero aprenser. Há, na música, algo de mãe das outras artes. Como algo que tenha sempre existido. Mesmo que não. Mesmo que não seja capaz de lidar com a música, faz parte dela. Ama, mesmo que não seja são.

Eu só queria comentar.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A música não é o que se ouve e gosta e ama e faz. Você é feito pela música.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

CantoXII

O que há de errado com a solidão, pobre moça da cor da lua, que a faz ser regeitada pela grande massa de pessoas saudáveis não é o simples fato de ser uma solítária companhia. Estar sozinho pode ser extremamente agradável.
De errado com a moça da lua é que quando andamos perto dela, nem ela nem ninguém olha para a maneira como anda; se cair, pobre de você. A moça olha e não se move. Se alguén lhe parar, a moça olha e ora se vai, ora fica, se agarra e pisa no seu pé irritada.
Como se livrar desta compania, por mais dolorido que seja dar um fora na bela moça, não é uma tarefa tão difícil. Basta olhar fixo em seus olhos e gritar "Vai embora!". Alguém vai ouvir em enchotá-la para fora.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

CantoXI

A cena vista dali era como de cinema. No topo de um pequeno monte, sob a sombra de uma arvore de primavera, recostada na única pedra, estava ela. A mulher mais linda, posta no mais lindo vestido florido.
Lia um livro que, apesar de ele não conseguir ler por causa da distancia, sabia qual era: “Obras completas de Florbela Espanca”. Ela costumava dedicar-lhe a leitura de alguns desses poemas.
Observando-a, sua mente voltou ao passado, ao momento em que se conheceram. Dezenove anos antes. Nas estantes mais profundas da biblioteca da cidade, estava ela. Discutia com machado de Assis como discutia agora com Florbela. Ele não resistiu, sentou-se ao lado dela e, por mais que tenha sido por meia hora, apaixonou-se. Uma hora, já a amava por inteira.
Caminhou lentamente pelo monte até que estivesse sobre a sombra da árvore ao lado dela e beijou-lhe a boca como quem morde morangos. Segurou-lhe as mãos sorrindo e o silêncio era tão puro que se ouvia música.
A tarde foi-se. Indo, até que ela quebrasse o silencio:
“Fumo”
“O quê?”

“Longe de ti são ermos os caminhos!
Longe de ti não há luar nem rosas
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos.

Meus olhos são dois velhos pobrezinhos...
Perdidos pelas noites invernosas...
Alertos, sonham mãos cariciosas,
Tuas mãos doces plenas de carinho!

Os dias são outonos: choram... choram...
Há crisântemos roxos que descoram...
Há murmúrios dolentes de segredos...

Invoco o nosso sonho! Estendo os braços!
E ele é, oh meu amor, pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos!...”

Ela o olhava como se fosse capaz de vê-lo por dentro. Sua mente voou para o momento em que se haviam visto pela primeira vez. Aquela biblioteca onde passara os dias de sua adolescência nunca fora tão divertida. Foram expulsos por perturbar o silencio com aquela conversa interminável sobre flores. Pensava em como seria tudo depois do fim. Ela sabia que o poema havia sido suficiente.
“Longe de ti tudo finda”, foi a resposta.
“Não há outro jeito.”
“E esse é o epílogo do final feliz?”
“Parece que sim”
A verdade sobre a vida é a de que tudo é pétala. As pétalas mais coloridas e diversas que se possa contar na Amazônia. Mas elas se vão, indo de flor em flor. Pétala que é pétala é leve e vai com o vento.
O mundo parecia acabar. Sua mente galopou para um futuro em que ela não estaria mais a lhe recitar poemas. A vida jamais seria mais triste. Ermos seriam os caminhos, sem luar nem rosas. Nada restaria na noite senão a mais silenciosa música da expansão do universo. O chiado de uma televisão sem sinal. A voz que lhe cantaria vazio.
O amor, a ferida que arde sem se ver, é, e não há como fugir, infinito enquanto dura. O poeta tinha razão. Os apaixonados são invencíveis. Imortais. Para eles, o amor jamais tem fim. A vida, o céu, as árvores, os montes, as flores. Todos infinitos.
A realidade é que tudo finda. E quando ela se esvai, volta a ser pó, que alimenta a terra, que alimenta as flores, que alimenta outras paixões, ele fica. Só. Sujeito à loucura.
Solitário, jogou-se nas academias de filosofia. Buscou, pelo resto dos anos, a teoria mais exata, a explicação mais simples e racional para as ações do amor. Como não achou, porque na há, esperou que a vida lhe fosse. E foi.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Canto X

Todos os dias são dias para que se viva. Tudo acontece de forma universal e imprevisível. É! Imprevisível!
A liberdade não é uma brincadeira de roda, de que você pode pula e dar a outro, o lugar. A liberdade é como roupa de baixo. Cada um tem a sua. E cada um escolhe de um jeito.Só você pode usar sua roupa de baixo, do jeito que lhe faz confortável.
Não há como ter a liberdade de outro, porque essa fere a sua de alguma forma. A liberdade é, no caso, como roupa de baixo que se conquista.
O amor não é, e pelo amor de Deus encontrem outra rima, uma flor. É como um gás inebriante. Está em nós. É excretado e ingerido por nós. E nós nem mesmo notamos.
A tristeza é a descrição perfeita de uma gripe. Você pode esquecer dela, e seu nariz pode desentupir. Mas ela está ali. Se chover, vem e trás junto todo o antigo muco, todo a antiga febre.
A mente humana é um gnomo aprendendo a falar depois de cinco doses de vódca. Dali só saem besteiras desconexas!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Canto VIII

Meteu-se em mim uma pequena flor
Foi abrindo espaço
Enfiando-se por dentro
Despejando orvalho incandescente em minhas veias
E o polem vai batendo na mistura vital de meu sangue

A planta vai enraizando em meu peito
E me enchendo de sua poesia invasiva

Abriu-se a flor
Despertou meus sonhos

Daí fechou-se como que por censura da ditadura
E dorme profundo em mim
Mantendo suas raízes em minhas entranhas
(Brena Bela)

Assino, hoje, como Brena Bela... A pedido de meu professor de Literatura Pierre Morais

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Canto IX

Durante todos os tempos em que consigo ouvir conversas sobre o governo e coisas mais, penso no porque diabos isso ainda é discutido.

É claro que nem todos vão pensar como eu, é verdade...

Por mais que a história não me dê o aval, o início do surgimento das lideranças no mundo não teve um objetivo tão nobre, o motivo pelo qual escolhemos governantes é para que cuidem da sociedade. Claro! Isso todo mundo sabe...
Escolhemos um, porque não dá pra fazer assembleias gerais todos os dias.
Cuidar da sociedade, por favor, é fazer com que os direitos de todos sejam garantidos, que todos tenham direito a educação de qualidade, que todos possam ir ao médico, que todos possam... ah! Viver!
Alguém concorda comigo?
A economia comercial se encaixa nessa história, para justamente conseguir o capital necessário para garantir à população todos esses bem. O resultado das vendas, subtraído das compras, tem que ser um resultado positivo.
Ok! Até eu acho que ainda esteja certa.
A questão é que essas compras e vendas, não são feitas pelos governos dos estados, e cidades, ou mesmo o governo federal. É feita por empresários, que tem terras, industrias e etc... Contínuo correta?
Então para o Estado resta para fazer benfeitorias para o povo, que não é mais do que é pago para fazer, é o dinheiro arrecadado pelos impostos.
Nós pagamos muitos impostos. Muitos mesmo.
Então está. Se o dinheiro que é resultado do comércio, vai para mão dos empresários e proprietários de terras, e o dinheiro que fica para o Estado é o dinheiro dos impostos...O estado não devia se preocupar estritamente em usar o orçamento para desenvolver as instituições do Estado que servem para atender a população?
Existem muitas escolar que ainda não existem! Muitas escolas que são uma grande porcaria quanto ao ensino. Paga-se muito mal os professores. Mandam os médicos e servidores públicos se danar todo o mês quando recebem seus salários e veem que não é o suficiente!Eu posso estar muito errada com isso, muito desenformada!Muito mesmo. Mas será que isto tudo não está errado?
O que nós que somos povo deste Estado podemos fazer para mudar isso? Votar. Correto? E nós estamos votando. Para presidente escolhemos o Lula que, eu acredito, está tentando. Em quem nós votamos para vereadores, deputados, senadores, em fim, legisladores? Muitos de nós não vai se lembrar! Basta saber quem é o presidente, e as ideias dele.
O que acontece é que se você vota num presidente, tem de votar num legislador que concorde com ele! Porque, caso contrário esse presidente terá tudo o que tentar fazer vetado, e terá de comprar o voto dos outros para conseguir fazer alguma coisa.
Ponto. Só quis destacar isso.

( Brena Bela)

Canto VII

Perdi!A reforma já foi feita...
E não há como mudar!
Deem adeus ao querido trema...
E comam a boa linguiça sem se preocupar se é com as bolinhas ou não...
E mais...
Algumas outras palavras ficaram sem acentos...
E coisas mais...
Eu sinto muito...
A lingua portuguêsa perde um pouco da história...

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Um dia

Hoje o grupo de base da pastoral da juventude estudantil teve o poder de tirar um peso de minhas asas. Mesmo que por um instante pude voar...
Pensei que teria de posar...

Ídolo: Fernão Capelo Gaivota!

Canto VI

Ando pela rua...
e continuo a andar
Par que parar?
Vou andando e vejo as paredes sujas do prédios
E dá pra ver que está tudo sujo atrás delas
E atraz do que há por tras também posso ver
Mas não posso ver o que está por dentro.
mesmo querendo acreditar que ainda possa estar limpo.

Continuo andando e vejo o que está paradao
Tudo está
Vejo ainda oq ue está sofrendo por tras doq ue está parado...
E apenas vou andando...
Só...
Mas antes ir só,
Que não caminhar

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Canto V

A fênnix agora anda com as penas encaracoladas, sua calda é um cascata de cachos...!!
Assim fica mais fácil de voar...
E mais bonito também!

Canto IV

Quero-te com os lábios molhados
A boca seca e os olhos fechados
As mãos em minhas mãos.
Sés dedos entre meus dedos

Na entrada de um jardim
No espaço entre a ida e a volta
No meio da noite
Entre o nascer do sol e aparição da primavera.
Nem muito quente e nem muito frio.
Perdidos em horas sem fim

E se pensa que o infinito tarda e nunca vem...
Ah! Ele chega!
O infinito é agora, o infinito é amanhã!
O fim do que nunca acaba é todo tempo.
Porque a coisa sempre volta a começar.

domingo, 23 de setembro de 2007

Canto III

Se leram uma dessas revistas que está passando por aí no mês de Setembro, com certeza, viram que estão, para facilitar as relações comerciais entre Brasil e Portugal, e outros países que falam a língua portuguesa, tentando tornar a mesma de mais fácil aprendizado.
Escolheram abolir traços como trema e o acento grave.
A questão basicamente é: Que diabos eles pensam que estão fazendo?

A língua portuguesa é patrimônio histórico desses países. O que estão fazendo é interferir no curso da história de forma arbitraria!
Se estivéssemos falando do Italiano, que foi construída a partir de um conselho como se fosse uma constituição, até que vai. Sentaram e criaram. Sentam e a modificam!

Mas o Português é diferente; vindo do latim vulgar ele tem características muito peculiares que devem ser respeitadas. Imaginem como seria estranho o som da palavra tranqüilo se não houvesse trema. Dir-se-ia algo como trankilo.

Eu não quero ser contra a economia. Mas pensem bem! Não fomos obrigados a aprender o maldito inglês com todas aquelas complicações e exceções?
Sim fomos. Ora! É uma língua que mal separação de sílaba tem!
Tombemos a Língua Português como patrimônio histórico no qual coisas poderão apenas ser acrescentadas e não apagadas como quem põe fogo num Jequitibá.

Há de se ter respeito à palavra. Ao som. Ao que ela representa. Não consigo aceitar que apaguem a língua portuguesa desta forma.

sábado, 22 de setembro de 2007

Canto II

Laura caminhava pelas águas rasas da beira do rio, sentindo as pedras por entre os dedos. A barra do vestido molhada e os sapatos nas mãos.
O caminho do rio era longo e sempre igual; pedras e areia. O que mudava eram as águas por onde passavam suas canelas.
Continuava caminhando . Seus longos cabelos negros voando com o vento. Ah! como era bom sentir o rio daquele jeito. Ah! como era bom lembrar de seus tempos de criança, quando podia correr e pular nas águas sem culpa de molhar as roupas novas. Era maravilhoso sentir a areia sobre seus pés quando estava molhada.
Depois de dez passos entre as pedras não conseguiu resistir e mergulhou com avidez naquelas águas de infância. Frias e agradáveis como sempre foram. Nostálgicas.
A nostalgia é o sentimento mais agradável que se pode ter sobre o passado. Uma saudade infinita que aumente cada vez mais, um tic de querer tudo de novo, um tac de querer viver mais. O relógio vai batendo. Até que a velhice chegue, e quando chega, e o fim está próximo, só resta a bendita para fazer companhia. Até que o fim chegue, e quando chega, tudo volta. Como um raio, se repete. E você vira estrela.
Laura estava longe de viver isso. Tudo que tinha eram alguns anos de vida que nem lhe tinham deixado rugas. Mas a sensação de nostalgia a acompanhava naquele momento. A cada mergulho, a cada braçada podia sentir-se com seis anos de idade, quando vinha às águas deste rio a procura da nostalgia do dia anterior.
Esse momento se repete inúmeras vezes na vida. A vida se alimenta da vida.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Canto I

Se eu fosse pequena como as flores da cerejeira...
Me encantaria com a as joaninhas e deixaria em paz as moscas...
meu pólem seria delas...
E também minha cor....
Se eu fosse imensa como a pequenês dos átomos de ferro...
Queimaria e me faria corrente...
Faria vida no fogo...
E a força das espadas...
Se eu fosse tão grande quanto a lua...
Me faria pequena ao olhar de todos...
E inteira ao mirar de meu amor...
Que bom que sou do meu tamanho...
E do tamanho do que vejo...
Assim, posso ver e ser o que quiser...
Essa liberdade me dá diversas formas
Porque se fosse o que quero ser...
Eu seria o que fosse....

Surge mais uma força!

Nasce uma ave de magnífica delicadeza, cresce e se torna o pássaro mais poderoso e forte que o céu já vira. Voa como o grande vento. Dança com fogo. É forte como a água. Tem o poder de, com o mundo, mudar o mundo.
Este animal de grande poder, não segue a lenda de seus ancestrais. Jamais usaria sua força para destruir as casas dos homens, mas sim, para abrir suas mentes para o céu que há sobre eles e ensiná-los a voar.
A fênnix vem para sorrir e cantar a vida. Unir-se as outras forças para lutar.

Nasce hoje, agora e sempre. No fim e no começo.