segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O ENEM X Nova Gripe – Um ano desastroso para os vestibulandos

Nós nunca amamos tanto nossos professores de biologia. Enquanto o universo escolar se preocupa com o vestibular e as mudanças deste ano é reconfortante ter alguém que nos assuste com segurança. A nova gripe, com absoluta certeza, teria feito mais estragos na época dos vestibulares unificados CesgranRio e FuVest, mas não deixou de agredir nosso ideológico Novo ENEM.

As escolas da rede pública não receberam verba para os cuidados necessários para a prevenção de contaminação e, vergonhosamente, na rede estadual as janelas foram lacradas para acompanhar o funcionamento de ar condicionados centrais, assim as aulas não podem recomeçar, até setembro ou além. Mantendo a, ainda mais, passos atrás os estudantes em favor dos quais o Novo Enem foi instituído.

A Educação Pública nunca marcou bons pontos e, para esses estudantes, ingressar na universidade já era um desafio fora do normal; a gripe suína virou o Enem pela culatra, pois, agora, além de enfrentar os problemas da educação e, para muitos, a jornada de trabalho, o que prejudica os estudos, têm também de dar conta das mudanças do Exame Nacional. Exame esse, que se tornou mais difícil e extenso. São 180 questões, e muito parecidas com as questões do Vestibular UERJ, considerado um dos mais difíceis do estado.

Para diminuir os estragos da gripe, que pudessem, se não for pedir muito, ao menos, garantir material descartável para a higiene, álcool em gel 70%, e orientar para que evitem contatos físicos. Se não se pode pensar com mais cuidado no futuro escolar dessas pessoas, pensemos na saúde.

Obs.: Cresce ainda o número de adolescentes grávidas vindas de família de baixa renda, que frequentam essas escolas desprotegidas. A mortalidade pela nova gripe, para esse grupo, é de quase 40%. Quer dizer que para cem grávidas contaminas, morrem quarenta.

2 comentários:

Livia R disse...

espero que vc não fique gravida!

Livia R disse...

e eu tenho dito: nada como exterminar parte da população ´para diminuir os efeitos da crise economica!